Conhecendo o apóstolo Paulo
Paulo Israelita da tribo de Benjamim tornou-se apóstolo de Jesus Cristo (Efésios 1:1)
Nome hebraico = Saulo
Nome romano = Paulo (Atos 19:17)
Saulo era da cidade de Tarso capital Cecília (Atos31:39-22:3)
Seus pais eram hebreus e evidente aderiram ao ramo farisaico do judaísmo (Atos 23:6 – Fl.3:5). Paulo era cidadão romano de nascimento (Atos 22:28) e , talvez, tenha aprendido do seu pai a profissão de fabricante de tendas (Atos 18:3).
Em Jerusalém, então, ele foi instruído pelo erudito fariseu (último estágio) Gamaliel. Isto sugere que Paulo pertencia a uma família de destaque (Atos 22:3) – competia à mãe dar os primeiros ensinos; depois o rabino e, depois, a Universidade. (Saulo estudou em Atenas, na Alexandria. Por último estágio fora Gamaliel...).
Sua conversão: (Atos 6:13; 7:58) Apresenta Saulo consentindo na morte de Estevão. Quando Paulo se aproximava de Damasco (Atos 9:2), Jesus se revelou numa luz brilhante (Atos 9:3) e o comissionou para ser servo e testemunha de Cristo aos gentios. Paulo, caído no chão, entendeu as palavras e, cego, foi conduzido pela mão até Damasco (Atos 9:6,8). Quando Jesus quer salvar, nada pode impedi-lo (Isaias, 43:13).
Quando Ananias orou por Paulo, ele foi batizado com o Espírito Santo (Atos 9:17) e a partir daquele momento, Paulo passou a ter comunhão com os discípulos e pregar nas sinagogas (Atos 9:20). A partir daí a Bíblia descreve sua atividade depois da conversão.
Ele foi à Arábia e retornou à Damasco (Gálatas 1:15 a 17) e, após três anos, foi para Jerusalém (Gálatas 1:18). Mais tarde Paulo foi enviado como missionário pela Igreja de Antioquia (Atos 13:2), na Síria. Lembremos que Paulo foi feroz perseguidor da igreja, e agora convertido estava na igreja de Antioquia. Inicia suas viagens missionárias pelo mundo romano, das quais três estão relatadas no livro de Atos.
Viagens de Paulo
a)Principais acontecimento dos anos 30 a 40
É um período curto de apenas dez anos. O ponto de partida é a manifestação de Pentecostes (At 2,1-36) que gera o anúncio da Boa nova por toda a Palestina (At 2,41.47; 4,4; 5,14; 6,7; 9;31). Este período é também chamado “Movimento de Jesus”. Este período termina com a crise provocada pela política do imperador Calígula (37-41) e pela perseguição dos cristãos por parte do rei Herodes Agripa (41-44).
É importante não confundir os Herodes que governaram na época dos escritos do NT:
a) Herodes, chamado o Grande, governou sobre toda a Palestina de 37 a 4 aC . É aquele que aparece em Mt 2,1.16, no nascimento de Jesus e no massacre das crianças inocentes. Foi ele que iniciou a construção do Templo que existia na época de Jesus.
b) Herodes, chamado Antipas, governou sobre a Galiléia de 4 aC até 39 dC. Ele aparece em Lc 23,7, por ocasião do julgamento de Jesus. Foi também o autor da morte de João Batista (Mc 6,14-29). Governou sobre toda a Palestina de 41 a 33 dC. Ele aparece nos Atos dos Apóstolos (At 12,1.20). Mandou matar o Apóstolo Tiago (At 12,2).
Neste período a maioria dos cristãos era formada por judeus convertidos. Fundavam comunidades ao redor das sinagogas, à margem do judaísmo oficial. O seu crescimento obrigou-os a criar novas formas de organização, como por exemplo, a escolha de novos animadores, chamados diáconos (At 6,2-6).
O objeto da pregação era o anúncio da chegada do reino (Mt 10,6) e a Morte e Ressurreição de Jesus (At 2,23–3,6; 3,14-15; 4,10-12). Os evangelhos ainda não tinham sido escritos. E por isso eles liam o AT a partir do evento Jesus Cristo e repetiam os ditos e feitos de Jesus a partir do testemunho dado por aqueles que tinham visto e ouvido Jesus Cristo.
Já neste período aparecia a primeira divergência entre os cristãos judeus. Havia um grupo mais ligado a Estevão, que buscava uma abertura aos judeus da diáspora e ao helenismo (At 7,1-53). De outro lado havia o grupo ao redor de Tiago, ligado aos judeus da Palestina, que defendia uma fidelidade à Lei de Moisés e à “Tradição dos Antigos” (Mc 7,5; Gl 1,14). Na primeira perseguição só os cristãos ligados ao grupo de Estevão foram perseguidos (At 8,1). Porém, na segunda perseguição, aquela de Herodes Agripa (At 12,1-3), todos os grupos cristãos eram alvo da repressão. Esta perseguição aos cristãos, na Palestina, teve como conseqüência a missão para fora do território judeu. Paulo e Barnabé, seguindo a linha de Estevão, estavam entre esses missionários que foram pelo mundo para formar novas comunidades.
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