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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

primeira parte ESTUDO DE ROMANOS

AULA 05

Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego - Romanos 1.16
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor - Romanos 8.38.39

Paulo foi escolhido por Deus para ser o principal explanador do evangelho perante o mundo, e sua carta aos Romanos é a explicação mais completa que o apóstolo oferece do seu entendimento do evangelho. Quando Paulo escreveu esta carta ele ainda não tinha ido em Roma.

Considerações Preliminares
Romanos é a epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Talvez por essas razões fosse colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo. Ela talvez fosse iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos judeus convertidos no dia de Pentecoste (At. 2.10). Paulo não tinha Roma como campo específico de outro apóstolo (15.20).
Nesta carta mostra a soberania de Deus sobre tudo e todos, tornando assim uma das mais vivas lições de Deus como se desenvolve a missão de Deus.

Em Romanos, Paulo afirma que muitas vezes planejou ir até Roma para ali pregar o evangelho, mas que, até então fora impedido (1.13-15; 15.22). Reafirma seu desejo de ir até eles (15.23-32).
Paulo, ao escrever esta epístola, perto do fim da sua terceira viagem missionária (5.25,26; At. 20.2,3; 1 Co 16.5,6), estava em Corinto como hóspede na casa de Gaio (16.23; 1 Co 1.14). Enquanto escrevia Romanos através do seu auxiliar Tércio (16.22), planejava voltar a Jerusalém para o dia de Pentecoste (At. 20.16; provavelmente na primavera de 57 ou 58 d.C.) e entregar pessoalmente uma oferta de socorro das igrejas gentias aos crentes pobres de Jerusalém (15.25-27). Logo a seguir, Paulo esperava partir para a Espanha levando-lhe o evangelho, visitar de passagem a igreja de Roma e receber ajuda dos crentes ali para prosseguir em sua caminhada para o oeste (15.24, 28).

Data e ocasião da carta
Na primavera de 57 dc. (ou talvez no inverno de 57-58 dc.), Paulo estava em Corinto, no fim de sua terceira viagem missionária. Estava a ponto de partir para Jerusalém, levando a oferta para os crentes pobres daquela cidade (15.22-27). Uma senhora chamada Febe, de Cencréia, subúrbio de Corinto, estava de viagem marcada para Roma (16.1,2) e Paulo aproveitou a oportunidade para enviar essa carta pelas mãos dela. Não existia serviço postal no Império Romano; a não ser para correspondências oficiais do governo. As cartas particulares dependiam de amigos ou viajantes.

Propósito da carta
. Paulo escreveu esta carta a fim de preparar o caminho para a obra que ele esperava realizar em Roma e na sua missão prevista para a Espanha. Uma igreja que não foi fundada por ele, talvez pelos gentios e judeus que estiveram em Jerusalém no dia de Pentecostes. Paulo está oferecendo aos romanos uma completa  explicação do evangelho como ele compreendia e proclamava.
Isso foi antes de Deus ter dito a Paulo que ele seria sua testemunha em Roma (At. 23.11), e Paulo ainda não tinha certeza de que sairia vivo de Jerusalém (15.31). Parecia apropriado que ele, o apóstolo aos gentios, deixasse registrado por escrito, na capital do mundo, uma explicação acerca da natureza do evangelho de Cristo, caso fosse assassinado antes de poder chegar a Roma. Propósito

1) Seu propósito era duplo. Segundo parecem, os romanos tinham ouvido boatos falsos a respeito da mensagem e da teologia de Paulo (3.8; 6.1,2, 15); daí ele achar necessário registrar por escrito o evangelho que já pregava há vinte e cinco anos.
2) Queria corrigir certos problemas da igreja, causados por atitudes erradas dos judeus para com os gentios ( 2.1-29; 3.1, 9), e dos gentios para com os judeus ( 11.11-32).
A igreja de Roma
Paulo ainda não havia estado em Roma. Ele finalmente chegou à cidade três anos depois de ter escrito essa carta. O núcleo da igreja de Roma provavelmente era constituí de pelos judeus romanos que haviam estado em Jerusalém no Dia de Pentecostes (At. 2.10).
Nos 28 anos desde então, muitos cristãos de diferentes partes do Oriente havia, por diversas razões, migrado para a capital, incluindo-se alguns dos próprios convertidos e amigos íntimos de Paulo. (v.cap.16).
O martírio de Paulo, e provavelmente o de Pedro, ocorreram em Roma, cerca de oito anos depois que a carta foi escrita.
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A cidade de Roma
Roma a cidade estado italiana que veio a governar a maior parte do mundo antigo, foi fundada segundo a tradição - em 753 a C sobre sete colinas que circundavam um importante baixo rio Tigre No século, II d C- -Roma controlava a maior parte da bacia do Mediterrâneo inclusive a Palestina.
A população de  Ruma provavelmente ultrapassava um milhão de habitantes no início da era cristã, e durante o século I pode ter aumentado um pouco pouco. Uma aristocracia pequena, mas extremamente rica construía palacetes e casas de campo, ao passo que as massas viviam em cortiços de vários pavimentos ou como escravos nas propriedades dos ricos. No coração da cidade, os césares construíram um magnífico conjunto de edifícios públicos, talvez jamais igualado Durante e após a época do NT, Roma continuou a crescer e a edificar. As ruínas existentes no Fórum romano e ao seu redor representam séculos de projetos extravagantes de edificação por uma sucessão de imperadores.
Visitantes de Roma estavam presentes no Pentecoste (At 2,10)Priscila e Áquila foram expulsos de Roma porque eram judeus (At 18.2). Paulo estava decidido a pregar o evangelho em Roma (At 19.21 23.11: Rm 1.15)., e posteriormente foi aprisionado lá (At 28.16).
Paulo aportou em Potéoli. Alertados pela igreja dali (At 28.14,15), membros da comunidade de Roma se encontraram com Paulo cerca de 48 km a sudoeste de Roma, na praça de Apia (uma cidade-mercado fundada por Ápio Cláudio Cecus, o construtor da Via Ápia) e em Três Vendas,uma estação logo ao sol da praça de Ápio, e o escoltaram para a cidade.
Segundo a tradição, tanto Paulo quanto Pedro foram martirizados em Roma durante a perseguição de Nero.

Contexto da carta
Os judeus acreditavam que a Lei mosaica era definitiva e decisiva como expressão universalmente obrigatória da vontade de Deus. Por isso, muitos cristãos judeus insistiam em que os gentios que quisessem se tornar cristãos deviam primeiramente ser circuncidados e guardar a Lei de Moisés. Por isso, a: dúvida quanto a um gentio se tornar cristão sem passar pelos ritos do judaísmo era um dos grandes problemas do momento. O cristianismo teve seu inicio com a religião judaica, e certos lideres judaicos poderosos estavam resolvidos a deixar a situação assim. A circuncisão era rito físico que contava como cerimônia inicial para os prosélitos.

Argumento principal de Paulo em Romanos é justificação do individuo diante de Deus depende fundamentalmente da misericórdia de Cristo, e não da Lei de Moisés. Não é uma questão de Lei, em absoluto, visto que nenhuma pessoa poderá, em hipótese alguma, viver totalmente à altura da Lei de que é uma expressão da santidade divina.
Somos justificados somente porque Cristo, segundo a profunda bondade do seu coração, perdoa os pecados das pessoas. Em última análise, a situação da pessoa diante de Deus não depende do que ela tenha feito ou possa fazer; ao contrário baseia-se totalmente no que Cristo fez em favor dela e da aceitação por parte de cada pessoa, da dádiva da salvação pela graça, oferecida por Cristo. Por isso Cristo tem o direito total e sincera lealdade fidelidade, devoção e obediência de todos os seres humanos.

Visão Panorâmica
O tema de Romanos está em 1.16,17, a saber: que no Senhor Jesus a justiça de Deus é revelada como a solução à sua justa ira contra o pecado. A seguir, Paulo expõe as verdades fundamentais do evangelho. Primeiro, destaca o fato de que o problema do pecado e a necessidade humana da justificação são universais (1.18—3.20). Posto que tanto os judeus quanto os gentios estão sujeitos ao pecado e, portanto, sob a ira de Deus, ninguém pode ser justificado diante dEle à parte do dom da justiça (3.24) mediante a fé em Jesus Cristo (3.21—4.25).
Sendo justificado generosamente pela graça de Deus, e tendo recebido a certeza da salvação (cap. 5), o crente demonstra que recebeu o dom divino da justificação, ao morrer com Cristo para o pecado (cap. 6); é liberto da luta com a justiça da lei (cap. 7), e é adotado como filho de Deus, recebendo nova vida segundo o Espírito, o que o conduz à glorificação (8.18-30). Deus está levando a efeito o seu plano da redenção, a despeito da incredulidade de Israel (9–11).
Finalmente, Paulo declara que uma vida transformada em Cristo resulta na prática da retidão e do amor em todos os aspectos da vida social, civil e moral da pessoa (12–14). Paulo termina a carta aos Romanos expondo seus planos pessoais (cap. 15), uma longa lista de saudações pessoais, uma última admoestação e uma doxologia (cap. 16).

Características Especiais
Sete destaques principais caracterizam Romanos.
1) Romanos é a mais sistemática epístola de Paulo; a epístola teológica por excelência do NT.
2) Paulo escreve num estilo de pergunta e resposta, ou de diálogo ( 3.1, 4-6, 9, 31).
3) Paulo usa amplamente o AT como a autoridade bíblica na apresentação da verdadeira natureza do evangelho.
4) Paulo apresenta “a justiça de Deus” como a revelação fundamental do evangelho (1.16,17); Deus restaura e ordena a situação do homem em Jesus Cristo e através dEle.
5) Paulo focaliza a natureza dupla do pecado, bem como a provisão de Deus em Cristo para cada aspecto: a) o pecado como uma transgressão pessoal (1.1—5.11)
b) e o pecado como um princípio ou lei a tendência natural e inerente para pecar, existente no coração de toda pessoa, desde a queda de Adão (5.12—8.39). (6) O capítulo 8 é o mais longo da Bíblia sobre a obra do Espírito Santo na vida do crente.
7) Romanos contém o estudo mais profundo da Bíblia sobre a rejeição de Cristo pelos judeus (excetuando-se um remanescente), bem como sobre o plano divino-redentor para todos, alcançando por fim Israel (9–11).

Esta epístola nos ensina:
- A ira de Deus (1.18 a 3.20);
- A graça de Deus (3.21 a 8.39);
- O plano de Deus (9 a 11);
- A vontade de Deus (12. a 15.13)
CONTINUA -NILZA CARDOSO

Um comentário:

  1. Olá irmã Nilza, bom dia!
    É de se admirar pq não tem nenhum comentário sobre uma aula tão importante como esta.

    Mas, vai aqui o meu comentário:
    Sou um admirador da carta de Paulo aos romanos, por abordar um assunto que se torna necessário cada vez que nasce um ser humano. "A FORMA DIVINA DA JUSTIÇA".

    Sempre desejei encontrar um estudo que me desse maiores esclarecimento sobre esta carta. Acho que visualizei uma fonte com uma água mais transparente do que as que tenho visto por aí. Vou experimentar para constatar sua puresa.

    Desejo q as divinas bençãos repouse sobre nós e nossas famílias.

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