Rm. 12 - A vida transformada
Um capítulo magnífico. Seu tom na faz lembrar o Sermão do Monte, proferido por Jesus. Paulo encerrava invariavelmente toda e qualquer consideração teológica com uma exortação sincera à do viver cristão. E aqui também. Nos capítulos anteriores, ele insistira em que nossa situação de Deus depende inteiramente da misericórdia de Cristo. e não de nossas boas obras. Aqui igualmente que a misericórdia que perdoa com tanta graciosidade é justamente o que nos e ímpeto poderoso e irresistível para a prática das boas obras e que transforma toda a nossa maneira de considerar a vida.
Deus tem que está morando em nós e nós mesmos nos julgamos.
A humildade de espírito (v. 3-8). Essa exortação é endereçada a todos os cristãos, mas é de importância ainda maior para os líderes eclesiásticos. Ë tão comum a posição de liderança, que deveria nos tornar humildes, acabar nos enchendo de orgulho! E é tão freqüente uma pessoa com determinada a depreciar os talentos diferentes possuídos por outros
Deus concede a cada cristão a”proporção de fé”a fim de exercer certos ministérios no corpo de Cristo, a igreja.A capacidade de pôr em prática esses dons provém de Deus. Resulta dai que não existe lugar
Para o orgulho, para alguém se sentir mais importante que os outros por causa de algum dos dons que tão livremente nos são concedidos.
Paulo se refere ao corpo humano como a imagem da igreja. Deve haver união e integração — só que do corpo tem propósito e função diferentes. A unidade da igreja centraliza-se em Cristo. Deus livremente concede dons aos membros, visando satisfazer as necessidades de toda a igreja como corpo de Cristo.Esses dons, concedidos para o ministério, incluem a profecia, a prestação de serviços, o ensino, o encorajamento, a contribuição para suprir as necessidades dos outros. a liderança e a prática da misericórdia (12.5-8). Os membros das igrejas precisam usar esses dons para que a igreja possa funcionar conforme Deus planejou.
Qualidades celestiais (v. 9-21). Se chegarmos algum dia a nos convencer de que somos cristãos muito bons, essa lista de exortações servirá como espelho para nos mostrar a distância que ainda teremos que percorrer e o quanto necessitamos da ajuda e da misericórdia de Cristo!
12.1 - Que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo. O crente deve ter uma paixão sincera por agradar a Deus, no amor, na devoção, no louvor, na santidade e no servir.
1) Nosso maior desejo deve ser uma vida de santidade, e sermos aceitos por Deus. Para isso, precisamos separar-nos do mundo e aproximar-nos cada vez mais de Deus (v. 2). Devemos viver para Deus, adorá-lo, obedecer-lhe; opor-nos ao pecado e apegar-nos à justiça; resistir e repudiar o mal, ser generosos com o próximo na prática de boas obras, imitar a Cristo, segui-lo, servi-lo, andar na direção do Espírito Santo e ser cheio dEle.
2) Devemos apresentar a Deus, nosso corpo como morto ao pecado e como templo do Espírito Santo (1 Co 6.15,19)
12.2 - Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos. Paulo deixa subentender várias coisas neste versículo.
1) Devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At. 2.40; Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1 Jo 5.19).
2) Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e os padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo (1 Co 1.17-24).
3) Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (v. 9; 1 Jo 2.15-17)e não ceder aos vários tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo, oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder, inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes modestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias mundanas.
4) Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar (1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl 119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por este presente século mau, profano e passageiro.
12.6 - Diferentes dons, segundo a graça. Paulo alista os dons da graça, como são chamados. Um dom espiritual pode constituir-se de uma disposição interior, bem como de uma capacitação ou aptidão (Fp 2.13) concedida pelo Espírito Santo ao indivíduo, na congregação, para edificação do povo de Deus e para expressar o seu amor a outras pessoas (1 Co 12.1 14.12,26; 1 Pe 4.10). A lista que Paulo dá, aqui, dos dons da graça divina deve ser considerada um exemplário e não a totalidade deles ( 1 Co 12-14)
12.7 - Ministrar... ensinar. "Ministrar" ou "servir" é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus, para alguém servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja, a fim de ajudá-los a cumprir suas responsabilidades para com Deus (At. 6.2,3). "Ensinar" é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente examinar e estudar a Palavra de Deus, e de esclarecer, expor, defender e proclamar suas verdades, de tal maneira que outras pessoas cresçam em graça e em piedade (1 Co2.10-16; 1 Tm 4.16; 6.3; 2 Tm 4.1,2)
12.8 - Exorta... reparte... preside... exercita... misericórdia. Trata-se, aqui, de dons espirituais.
1) Exortar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o crente proclamar a Palavra de Deus de tal maneira que ela atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a Cristo e uma separação mais completa do mundo ( At. 11.23; 14.22; 15.30-32; 16.40; 1 Co 14.3; 1 Ts 5.14-22; Hb 10.24,25).
2) Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de Deus (2 Co 8.1-8; Ef 4.28).
3) Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as várias atividades da igreja, visando ao bem espiritual de todos (Ef 4.11,12; 1 Tm 3.1-7; Hb 13.7,17, 24).
4) Misericórdia é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos (Ef 2.4)
12.10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros. Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, i.e., devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes.
Rm 13 - Obediência à lei civil
Os governos civis são estabelecidos por Deus (v. 1) a fim de refrear os elementos criminosos da sociedade, embora os cargos governamentais sejam freqüentemente ocupados e exercidos por pessoas iníquas. Devemos saber fazer separação entre os sentimentos a respeito das pessoas que ocupam esses cargos e a autoridade inerente ao próprio cargo. Os cristãos devem ser cidadãos cumpridores das leis, obedientes ao governo do país em que vivem sendo governados pelos princípios da Regra Áurea em todas as atitudes e os relacionamentos na vida (v.8-l0) e fazendo o máximo esforço para sermos continuamente íntegros em todas as coisas e para tratar o próximo com consideração.
A aurora se aproxima (v. 11- 14).”A noite está quase acabando; o dia logo vem:’ Isso se refere aos que já eram cristãos havia algum tempo, ou à era cristã que avança em direção à sua consumação ou à vinda do Senhor em glória e à nossa ida a ele mediante a morte.
13.1 - Sujeita às autoridades superiores. Deus ordena que o cristão obedeça ao estado, porque este, como instituição, é ordenado e estabelecido por Deus. Deus instituiu o governo porque, neste mundo caído, precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como conseqüências naturais do pecado.
1) O governo civil, assim como tudo mais na vida, está sujeito à lei de Deus.
2) Deus estabeleceu o estado para ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade (vv. 3,4; 1 Pe 2.13-17).
3) Paulo descreve o governo, tal qual ele deve ser. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, ele já não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecer a Deus, mais do que aos homens (At. 5.29, Dn 3.16-18; 6.6-10).
4) É dever de todos os crentes orarem em favor das autoridades legalmente constituídas (1 Tm 2.1,2).
13.4 – A espada. A espada é freqüentemente associada à morte, como instrumento da sua execução (Mt 26.52; Lc 21.24; At. 12.2; 16.27; Hb 11.34; Ap 13.10). Deus, claramente, ordenou a execução de criminosos perigosos, autores de crimes hediondos e bárbaros(Gn 9.6; Nm 35.31,33).
13.8 - A ninguém devais coisa alguma. O crente não deve deixar de pagar suas dívidas. Isso não significa que é proibido tomar emprestado do próximo, em caso de necessidade grave (Êx 22.25; Sl 37.26; Mt 5.42; Lc 6.35). Por outro lado, a Palavra de Deus reprova o ato de contrair dívidas por coisas desnecessárias, bem como ficar indiferente quanto ao resgate delas (cf. Sl 37.21). A única dívida que nunca quitamos é a de amar uns aos outros.
13.10 - O amor não faz mal ao próximo. Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (12.9-21; 1 Co 13.4,6-7), mas também por negativos. Todos os mandamentos mencionados aqui são negativos na sua forma (v. 9; cf. 1 Co 13.4-6).
1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo, pelo fato da propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez mandamentos da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não. A primeira evidência do amor cristão é apartarmo-nos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.
2) A idéia de que a ética cristã deve ser somente positiva é uma falácia baseada nas idéias da presente sociedade, que procura esquivar-se das proibições que re-freiam os desejos descontrolados da carne (Gl 5.19-21).
13.12 - A noite é passada. Paulo cria na volta iminente do Senhor, para levar para o céu os fiéis das suas igrejas locais aqui na terra, evento que, segundo ele cria, poderia acontecer no decorrer daquela mesma geração. Cristo advertiu que Ele voltaria numa ocasião em que os fiéis estariam certos de que Ele não viria (Mt 24.42,44). Por essa razão, os filhos de Deus devem sempre estar espiritualmente prontos e "rejeitarem as obras das trevas".
13.14 - Revesti-vos do senhor Jesus Cristo. Devemos ser de tal maneira unidos e identificados com Cristo, que imitemos sua vida como padrão para o nosso viver, adotemos seus princípios, obedeçamos a seus preceitos e nos tornemos semelhantes a Ele. Isso demanda uma rejeição total da imoralidade e das concupiscências da carne (Gl 5.19-21).
Rm. 14 - Julgando uns aos outros
Não devemos julgar uns aos outros em coisas tais como comer certos alimentos ou observar dias especiais (ou deixar de comê-los e observá-los). Os alimentos referidos podem ter sido carnes oferecidas em sacrifício ído1o ( I Co 8).Os dias”sagrados”talvez se referissem a insistência dos judeus em que os gentios observassem o sábado e outros dias de festas religiosas judaicas. O dia do Senhor, o primeiro da semana, era o dia do cristão. Se, além desse dia, os cristãos judeus ou gentios quisessem observar também o sábado judaico, tinham direto a isso. Mas não deviam insistir em que os outros fizessem a mesma coisa.
14.2 - De tudo se pode comer... come legumes. Certos crentes de Roma estavam divididos entre si, no tocante a uma questão importante: alguns estavam resolvidos a comer somente legumes, ao passo que outros comiam, além de legumes, todos os demais alimentos, inclusive carne. Paulo declara que o ato de comer, em si, não é problema moral, mas a nossa atitude pessoal sobre o que se come, pode levar ao injusto julgamento de uns para com os outros.
14.5 - Faz diferença entre dia e dia. Trata-se, provavelmente, dos dias especiais de festa segundo as leis cerimoniais do AT. Parece que alguns cristãos ainda consideravam que aqueles dias sagrados do AT continuavam válidos, ao passo que muitos outros os tinham como dias comuns. Paulo, na sua resposta, não revoga o princípio determinado por Deus, de separar um dia, em sete, como dia especial de descanso e de adoração ao Senhor. O próprio Deus separou um dia, em sete, para o descanso do trabalho diário (Gn 2.2,3;Êx 20.11; 31.17; Is 58.13,14). O NT reconhece que o primeiro dia da semana tem relevância especial por causa da ressurreição de Jesus (At. 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10).
14.13 - Não nos julguemos mais uns aos outros. Embora devamos abster-nos de julgar uns aos outros em questões triviais, os crentes devem encorajar uns aos outros tendo em vista a semelhança a Cristo e a santidade quanto à fé, a doutrina e a moral (Hb 10.24). Trata-se de, com toda a sinceridade, avaliar (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1), corrigir e repreender uns aos outros em amor e humildade (Lc 17.3) e, quando necessário for, exercer a disciplina eclesiástica (1 Co 5.12,13; 2 Ts 3.6,14; 1 Tm 5.20,21; 2 Tm 2.24-26; 4.2).
14.21 - Nem beber vinho. A Bíblia contém duas leis principais para o crente quanto ao vinho que incluía o produto da videira, tanto o não-fermentado, quanto o fermentado.
1) A lei da abstinência do vinho, quando fermentado e inebriante (Pv 23.31 ;1 Ts 5.6 ).
2) A lei do amor cristão, que leva a pessoa a abster-se daquilo que pode ofender os outros (cf. 1 Co 8.13; 10.27-32). Paulo afirma que numa sociedade pagã ( num ambiente não-judaico) onde prevalecem as bebidas inebriantes e a embriagues, é melhor evitar de beber, mesmo os vinhos não-fermentados, do que beber algo que possa levar outro cristão a pecar. O uso de vinho não-inebriante era tecnicamente inofensivo para alguns crentes, mas podia influenciar os mais fracos a tomar vinho fermentado, expondo-os, assim, à embriaguez com os seus danos. Timóteo seguia cuidadosamente essa lei do amor cristão (1 Tm 5.23)
Olá Nilza,fiquei super feliz por sua visita ao meu blog.Vim conferir seus blogs e vejo que tem muita qualidade.Que o Senhor te use como instrumento de salvação e edificação nesse espaço.Fique à vontade para copiar os textos ou imagens de meus blogs,não me importo se você não mencionar o meu blog,contanto que não retire os créditos dos autores,pois você teve ter percebido ou ainda irá perceber que posto textos e arquivos de outras pessoas.Conte comigo para o que precisar.O meu blog está aberto caso você queira postar algum de seus textos,desde que não firam a ideologia do blog.Boa noite amada.Volte sempre viu?Também tô te seguindo.
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