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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

II PEDRO







“O BOM LÍDER NÃO CONDUZ O POVO AVENTURANDO CAMINHOS ELE SABE ONDE ESTÁ O MELHOR CAMINHO”

    A 1a. Epístola de Pedro
Trata do perigo
 fora da igreja
 Para animar.

    A 2a. Epístola de Pedro
Trata do perigo
dentro da igreja.
Para advertir.


A 2a. Epístola foi escrita: PARA FORTALECER A FÉ.

Pedro quer com sua carta


1) LEMBRAR o que o Senhor falou através dos profetas (1:1a 9).
Eis uma operação de soma nas Escrituras:
Acrescente á sua FÉ a VIRTUDE.
Á VIRTUDE o CONHECIMENTO.
Ao CONHECIMENTO o DOMÍNIO PRÓPRIO.
Ao DOMÍNIO PRÓPRIO a PERSEVERANÇA.
A PERSEVERANÇA a PIEDADE.
A PIEDADE a FRATERNIDADE.
E a FRATERNIDADE o AMOR.
O fim da FÉ é o AMOR
Como resposta temos 2Pedro 1:8.

2) ADVERTIR contra qualquer coisa que pudesse fazer os  crentes decair de sua firmeza (3:17).

3) EXORTAR A QUE TIVESSEM PREPARADOS PARA VINDA DO Senhor, pois Jesus virá ainda que pareça demorar. O conteúdo se resume em 2 Pedro 1:19.                                          
Capítulo 1
 A palavra profética está firme. Pedro menciona três testemunhos disso:
     a) Do poder da palavra na vida dos crentes (1:2-12)
     b) Do cumprimento da palavra através de Cristo (1:13-18)
     c) Da  inspiração da palavra  pelo Espírito Santo (1:19-20).

Capítulo 2

Fazei bem em atentar para a Palavra de Deus.
a)      Para aquele que rejeita não há salvação.
b)      Quem atenta para Palavra será salvo.
c)      Compara a situação no dilúvio. Em Sodoma. A situação com Noé. E com Ló.

Capítulo 3

Como a luz que ilumina.
a)      Lança luz sobre o futuro (3:1-3).
b)      Jesus nos chama para andarmos na luz (13-18)
A vinda de Jesus é certa e vale a pena aguardá-la (14).
----Somente na luz da Palavra podemos andar no caminho da verdade (2:2).
----No caminho da justiça (2:21).

Crescei na graça e no conhecimento do Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.

O bom líder tem que ter a sua experiência pessoal e forte
Com Deus, ele não pode depender das experiências dos
Outros.
por Nilza Cardoso

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Mistério dos Bolaines do Mar Morto




Há milhares de anos, surgiu no sul de Israel uma depressão enorme, de aproximadamente 80 quilômetros de comprimento por 18 quilômetros de largura, com uma profundidade insondável, que desce aos abismos da Terra. Como naquele lugar ficavam as antigas cidades de Sodoma e Gomorra, teria sido tal depressão causada pelo fogo e enxofre que desceram do céu, fato confirmado até por Jesus? A verdade é que as outroras campinas verdejantes da região transformaram-se em um paisagem estéril, sem vida, e com uma altíssima concentracão de sal, como nunca se viu em qualquer outro lugar do mundo!
Como que para ocultar aquele enorme buraco – considerado o lugar mais baixo da Terra –, Deus fez com que, por milhares de anos, o Rio Jordão despejasse ali as suas águas doces, até que se formasse um enorme lago com a mesma extensão da depressão: 80 km. Porém, como a concentração de sal ali é altíssima, toda água trazida pelo Rio Jordão é imediatamente transformada em uma água imprestável, dez vezes mais salgada do que a água de qualquer oceano!
Naquelas águas salgadas, nem mesmo a mais resistente bactéria consegue sobreviver. Qualquer peixe eventualmente  transportado pelas correntezas do Rio Jordão morre assim que desagua neste lago de morte. Por isso aquele imenso lago é chamado de Mar Morto.
Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço das suas águas e, a cada ano, encolhe um metro. Ou seja: literalmente, o Mar Morto está morrendo!
Na década de 80, o primeiro-ministro de Israel, Menahem Begin, preocupado em salvar o Mar Morto, projetou transportar as águas do Mar Mediterrâneo através de dutos, e despejá-las no Mar Salgado, para reabastecê-lo. Mas o projeto foi abandonado por ser muito oneroso e politicamente impraticável, já que os dutos teriam de passar por dentro de centenas de montanhas e também por territórios hostis a Israel. Desde então, o Mar Morto continuou morrendo, sem que os geólogos, ambientalistas e cientistas pudessem fazer qualquer coisa, a não ser assistir à sua lenta extinção!
Porém, de alguns anos para cá, de maneira inexplicável, BURACOS MISTERIOSOS, com cerca de 30 metros de diâmetro por 7 de profundidade, começaram a surgir nas praias salgadas do Mar Morto e, de dentro deles, surpreendentemente, ÁGUAS PASSARAM A TRANSBORDAR! Águas que, apesar de brotarem de um solo extremamente salgado, CONSERVAM-SE DOCES E SAUDÁVEIS! Estes “bolaines” - porque assim estão sendo chamados – multiplicaram-se, e hoje há centenas e centenas deles! E todos brotando e transbordando águas doces, QUE ENCHERÃO O MAR MORTO DE VIDA!
A Ciência não tem uma explicação para isto, mas a Palavra de Deus tem!
Assista a esta empolgante e reveladora mensagem de Juanribe Pagliarin, gravada no Mar Morto, e descubra O MISTÉRIO DOS BOLAINES DO MAR MORTO!
 VENDA PROIBIDA - CÓPIAS AUTORIZADAS.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aspectos da providência Divina



Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

(1) Preservação. Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). 
O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas.


(2) Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22).
Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as suas criaturas ( Sl 104; 14)
e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29).
Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17).
A Bíblia revela que Deus manifesta um amor cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima ( Sl 91; Mt 10.31 ). [tea]Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”. De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem).


(3) Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. 
As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (v 1Jo 5.19 ; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20).


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sábado, 24 de setembro de 2011

Filemon

Esta história encontra-se na bíblia.

Foi uma carta que o apóstolo Paulo escreveu para seu amigo e irmão em Cristo, Filemom. Foi escrita mais ou menos nos anos sessenta um ou sessenta e dois depois de Cristo. (V.1 e 2 - Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador, e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro, e à igreja que está em tua casa):
(Áfia = Quem sabe esta é a esposa de Filemom?
Arquipo = Talvez este seja o pastor da congregação ou talvez filho de Filemom.).

Nesta época as culturas romanas, gregas e judaicas eram cheias de barreiras, nas quais a sociedade determinava classes às pessoas e esperava que estas ficassem nos seus devidos lugares. Por exemplo: Homem e mulheres, escravos e livres, ricos e pobres, judeus e gentios, religiosos e pagãos. Mas a mensagem de Cristo veio para desfazer as barreiras, e Paulo pôde declarar: ”Onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircunsisão, servo ou livre, mas Cristo é tudo em todos,” (Cl. 3:11)
(Os gentios= nome que designava todas as nações, afora a nação judaica, Isaías 49:6; Romanos 2:14 e 8:29).

Esta verdade que transforma vidas forma o cenário para a carta de Filemom. Paulo escreveu esta carta e mais para Colossos (Cl. 4:7 e 8), e a epístola de Éfesos (Ef.6:21 e 22).

Prefácio, saudação e ação de graças.

(V.3 a7 - A vocês graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de vocês nas minhas orações, porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos. Oro para que a comunhão que procede da tua fé seja eficaz, no conhecimento de todo o bem que temos em Cristo. Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos).

Paulo intercede pelo escravo convertido, Onésimo, que tinha fugido de seu senhor.

A carta a Filemom é um pedido pessoal de Paulo a favor de um escravo, “ONÉSIMO” que pertencia a Filemom.
 Existia uma igreja na casa de Filemom, um membro da igreja de Colossos e amigo de Paulo. É provável que Filemom tenha se convertido na cidade de Éfeso, durante o ministério do apóstolo Paulo nesta cidade, (At.19:10) devido o apóstolo nunca ter estado em Colossos (Cl,2:1).

Onésimo havia fugido da casa do seu senhor, talvez levando consigo algum dinheiro furtado  e tomando o caminho de Roma. Converteu-se ali pelo instrumento de Paulo. Paulo estava em Roma em regime de prisão domiciliar. Foi quando o prenderam pela primeira vez.
 (V. 8 a 11 - Por isso tendo em Cristo plena liberdade para mandar que você cumpra o seu dever, prefiro fazer um apelo com base no amor. Eu, Paulo, já velho e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, apelo em favor de meu filho Onésimo, que gerei enquanto estava preso. Ele antes lhe era inútil, mas agora, é útil, tanto para você quanto para mim.).

O objetivo desta carta:

Paulo queria interceder a favor de Onésimo, e pedir a Filemom que perdoasse o escravo fugitivo. Segundo a lei romana, o furto envolvia a pena capital. Paulo pediu a Filemom que acolhesse Onésimo de volta como irmão em Cristo e até mesmo se ofereceu para restituir o dinheiro furtado.

V.12 a 20:- Mando-o de volta a  você como se fosse o meu próprio coração. Gostaria de mantê-lo comigo, para que  me servisse nas prisões do evangelho; Mas não  quis fazer nada sem a sua permissão,para que o  qualquer favor que você fizer seja espontâneo, e não forçado.Porque bem pode ser que ele se tenha separado de você por algum tempo, para que você o tivesse de volta para sempre.. Não mais como escravo; acima de escravo, como irmão amado. Para mim ele é um irmão muito amado, mais para você tanto como pessoa quanto como cristão. Assim você me considera companheiro na fé, receba-o como estivesse recebendo a mim na carne como no Senhor. Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo. Se ele o prejudicou em algo ou lhe deve alguma coisa, ponha na minha conta.
 Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu o pagarei, para não dizer que você algum benefício de estarmos no Senhor. Reanime o meu coração, em Cristo.

Esta carta é uma perfeita jóia de cortesia, tato, delicadeza e generosidade. O ponto culminante é o comovente apelo a Filemom para acolher Onésimo como “a mim”


Comunicações particulares. Saudações

V.22 A 24 - Além disso, prepara-me um aposento, porque, graças as suas orações, espero poder ser restituído a vocês. Saúdam-te Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o espírito de todos vocês. Amém!
(Epafras =Era um Colossences encarcerado em Roma.
Marcos, Aristarco, Demas e Lucas = Eram colegas de Paulo e amigos pessoais de Filemom).

A Bíblia não nos conta como Filemom o recebeu. Mas podemos deduzir que o escravo Onésimo ao chegar ao portão, todos olhando para ele dizia: Este é o escravo fujão.
 Como ele estava acompanhado de Tíquico (pois era ele quem levava a carta. Colossesses4: 7 ) que  o conduziu até a onde estavam todos com Filemom.

É assim que o evangelho opera. A história de Filemom, Paulo e Onésimo nos lembram do quanto Deus é capaz de nos perdoar ao pecado.

Aqui Paulo simboliza: Cristo.
Filemom simboliza: Deus.
Onésimo simboliza: eu, você, nós.
Tíquico simboliza: o Espírito Santo.

O escravo Onésimo praticou algo errado, que o fez se separar do seu senhor. Onésimo     podia retornar à casa somente porque Paulo estava disposto a pagar pelo crime dele. Nossos pecados nos separam de Deus. Temos a possibilidade de voltar para Ele unicamente porque Jesus se dispôs a pagar pelos nossos pecados.
Cristo, no coração do escravo, levou-o reconhecer o estado de miséria em que se achava e se aceitasse a Jesus Cristo como o seu Salvador sendo assim o resto de seus dias um bom escravo.
Como Paulo intercedeu a Filemom pelo escravo, Cristo intercede por nós, diante de Deus, nós que fomos escravos do pecado.
 Da mesma forma que Onésimo foi reconciliado com Filemom, nós somos reconciliados com Deus, através de Cristo.
Assim como Paulo se ofereceu para pagar as dívidas de um escravo, Cristo pagou a nossa dívida de pecado.
Como Onésimo devemos nos voltar para Deus, nosso Mestre e servi-lo.


Nilza Cardoso Clemente - Igreja Missionária Filadélfia


Pesquisa

A Bíblia de Halley
Bíblia de Estudo de Aplicação pessoal de Estudo
Dicionário da Bíblia - Johan D. Davis
A Bíblia em ordem cronológica-versão internacional
Quero Entender a Bíblia - Billy e Ruth Graham






sábado, 27 de agosto de 2011

Anotações da Bíblia para crianças: culto do bebe-Qual a utilidade destes objetos e o ...

Anotações da Bíblia para crianças: culto do bebe-Qual a utilidade destes objetos e o ...: 1- A Sombrinha: ( Proteção ) serve para proteger-nos da chuva ou do sol. A criança também é protegida pelos pais, os pais fazem de tudo...

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ANOTAÇÕES DA BÍBLIA: CURIOSIDADE SOBRE PEDRO: Pedro =nome em grego-Pedra, Rocha. Pedro o zelote (uma seita intensamente nacionalista). Simão Barjonas= nome em hebraico Cefas o cana...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TESSALONICENSES

                                 Cartas aos Tessalonicenses
A primeira cidade européia a ser visitada nas viagens missionárias de Paulo, foi Filipos onde ele e Silas foram açoitados e aprisionados. Depois de soltos corajosamente continuaram sua jornada. Foram para Tessalonica. 160 km dali.  
Quando Paulo chegou a Tessalônica durante sua segunda viagem missionária, alguns foram convertidos pela pregação do evangelho. Outros principalmente judeus invejosos rebelaram-se violentamente contra Paulo e os outros pregadores, querendo levá-los à força para o meio do povo para serem julgados como criminosos (veja Atos 17:1-5). Como não podiam achá-los, "arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades", acusando-os de hospedar homens que "procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei" (veja Atos 17:6-7). Mesmo com esta tribulação a igreja floresceu. Alguns meses depois de sua saída de lá, Paulo escreveu para encorajá-los a continuarem firmes no Senhor com a mesma convicção do início.
Duas cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs, e valiosas, talvez as primeiras a ser redigido pelo apóstolo Paulo, que se identifica como o escritor de ambas. (1Te 1:1; 2:18; 2Te 1:1; 3:17) Na época em que essas cartas foram escritas, Silvano (Silas) e Timóteo estavam com Paulo. (1Te 1:1; 2Te 1:1) Isto indica que elas foram enviadas de Corinto, visto que não há nenhum registro de que esses três homens tenham trabalhado de novo juntos, depois de sua estada em Corinto, durante a segunda viagem missionária de Paulo. (At 18:5) Visto que os 18 meses de atividade do apóstolo em Corinto parecem ter começado no outono de 50 dC, é provável que a primeira carta aos tessalonicenses tenha sido escrita por volta dessa época. (At 18:11) A segunda carta deve ter sido escrita não muito tempo depois, provavelmente por volta de 51 dC. 

          Em todos os catálogos importantes do segundo, do terceiro e do quarto séculos dC, as duas cartas são alistadas como canônicas. Elas também se harmonizam plenamente com o restante das Escrituras ao admoestarem os servos de Deus a manter uma conduta excelente em todas as ocasiões. É digna de nota também a ênfase que se dá nestas cartas à oração. Paulo, junto com seus colaboradores, sempre se lembrava dos tessalonicenses em oração (1Te 1:2; 2:13; 2Te 1:3, 11; 2:13), e o apóstolo os encorajou: “Orai incessantemente. Dai graças em conexão com tudo.” (1Te 5:17, 18) “Irmãos, continuai a orar por nós.”  1Te 5:25; 2Te 3:1.

Fundo Histórico de Primeira Tessalonicenses.
A congregação à qual Primeira Tessalonicenses foi dirigida sofreu perseguição praticamente desde o início. Depois de chegar a Tessalônica, Paulo pregou na sinagoga local por três sábados. Considerável número de pessoas tornou-se crentes, e formou-se uma congregação. Judeus fanáticos, ortodoxos, porém, provocaram violento motim. Quando não encontraram Paulo e Silas na casa de Jasão, a turba arrastou Jasão (jason) e outros irmãos até os governantes da cidade, acusando-os de sedição. Apenas depois de pagarem “suficiente fiança” é que Jasão e os outros foram libertados. Isto moveu os irmãos a enviar Paulo e Silas para Beréia, à noite, evidentemente para o bem da congregação e para a segurança dos dois.  At 17:1-10. 

            Depois disso, além de contínua perseguição (1Te 2:14), a congregação pelo visto sentiu grande tristeza com a perda de um, ou mais, de seus membros na morte. (4:13) Cônscio da pressão que se exercia sobre a nova congregação, e muitíssimo preocupado com o efeito que isto teria, Paulo enviou Timóteo para confortar e fortalecer os tessalonicenses. Antes disso, o apóstolo tentara duas vezes visitá-los, mas ‘Satanás se interpusera em seu caminho’.  2:173:3. 

         Paulo regozijou-se ao receber o relatório encorajador de Timóteo sobre a fidelidade e o amor dos tessalonicenses. (1Te 3:6-10) No entanto, eles precisavam de mais encorajamento e admoestação para resistirem às fraquezas da carne. Por este motivo, além de elogiar os tessalonicenses por sua perseverança fiel (1:2-10; 2:14; 3:6-10) e de confortá-los com a esperança da ressurreição (4:13-18), Paulo exortou-os:
 A continuar seguindo o proceder aprovado por Deus e a fazê-lo ainda mais plenamente. (4:1, 2)
Entre outras coisas, o apóstolo aconselhou-os a abster-se de fornicação (4:3-8),
a amar uns aos outros em medida mais plena, a trabalhar com suas próprias mãos (4:9-12),
a permanecer espiritualmente despertos (5:6-10),
a ter consideração pelos que trabalhavam arduamente entre eles, a ‘admoestar os desordeiros, a falar consoladoramente às almas deprimidas, a amparar os fracos, a ser longânimes para com todos’ e a ‘abster-se de toda forma de iniqüidade’ (5:11-22).
Interessante: Em cada capítulo deste livro encontramos uma referência a primeira fase da segunda vinda de Cristo, o arrebatamento da igreja.
Cap.1.10 – Libertos pela vinda
Cap.2.19 – Recompensados na sua vinda
Cap.3.13 -  Firmes em santidade até sua vinda
Cap.4.13-18 – Confortados pela sua segunda vinda
Cap.5.22 – Irrepreensíveis na sua vinda
Tema:O  ARREBATAMENTO DA IGREJA.
Esta carta preocupa-se principalmente com a primeira fase da sua vinda “ARREBATAMENTO”.
Refere-se à igreja sendo poupada da ira de Deus, ao ser tirada daqui (1:10;5:9)
A necessidade de se manter uma vida irrepreensível (3:13)
Para o encontro dos santos com Cristo nos ares (4:7)
A segunda carta aos Tessalonicenses já diz da “MANIFESTAÇAO” Este é o tempo em que Jesus virá para julga o mundo e estabelece aqui seu reinado por mil anos.
Vamos dividir esta carta em duas partes:
I - Os caps 1,2 e 3- Paulo relembra seu passado
Os convertidos - Nos cap 1 –  
Os evangelistas Nos cap 2 e 3 –
cap 2 -  Paulo e cap 3­ – Timóteo
II – Os caps 4 e 5 - Ensino para  futuro
cap 4 -  arrebatamento da igreja
cap 5 – Exortações quanto ao Dia do Senhor.






TERCEIRA E QUARTA VIAGENS DE PAULO


Em sua terceira viagem evangelizadora tem com objetivo fortalecer os discípulos nas novas igrejas na Ásia Menor e Grécia. Tal como nas missões anteriores, Paulo sempre parte da igreja onde congregava em Antioquia, de onde segue por terra até Éfeso (capital da província Romana da Ásia. Era a cidade mais importante da região e cruzamento de rotas comerciais. Nela estava o templo da deusa Diana (At.19:35 -chamada pelos romanos de Ártemis,uma das sete maravilhas do mundo antigo.Atualmente a cidade está em ruínas, e encontra-se localizada na região da Anatólia, Turquia.)Paulo dá muita atenção à igreja de Éfeso onde acontecem milagres
Após uma confusão em Éfeso (At. 19:23-41) com Demétrio, o ourives,Paulo segue para Macedônia  e Acaia(atual Grécia) onde visita igrejas. . Passando por Tarso, Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisidia. Retornou a Ásia indo pela Macedônia.
De volta a Ásia Paulo reúne-se com a igreja de Trôade, em que é presenciado um milagre de ressurreição de um jovem que havia despencado da janela do terceiro andar ao adormecer durante um prolongado discurso proferido por Paulo. Ao desembarcar em Mileto Paulo tem um comovente encontro com os presbíteros da igreja de Éfeso. Deixando esta cidade passa por Tiro e Cesaréia, indo novamente apresentar-se em Jerusalém sabendo que lá iria ser preso.
Nesta viagem ele escreveu I Coríntios e a carta aos Romanos em Coríntios. Esta viagem durou cerca de quatro anos.
Nesses anos o Evangelho se expandiu por todo o império, chegando a todas as grandes cidades, inclusive a capital Roma, o “fim do mundo” (At 1,8).
         Se seguirmos a descrição das três viagens de Paulo e seus companheiros, narrada nos Atos dos Apóstolos vê que eles percorreram em torno a 16 mil quilômetros. Enfrentaram muitos problemas (2Cor 11,25-26) e também dificuldades da própria missão de anunciar o Evangelho.
         As comunidades que surgiam pequenas e frágeis levavam a sério a mensagem de Jesus. E foram os outros a reconhecer isso. Em Antioquia, para distingui-los, deram a eles o nome de Cristãos (At 11,26). E começaram assim a adquirir a sua própria identidade. Os Atos dos Apóstolos relatam a beleza e o vigor dessas primeiras comunidades (At 2,42-47; 4,32-37).
         Mas a dificuldade nossa hoje é que não temos as notícias de todas as primeiras comunidades. Os Atos e as Cartas relatam basicamente a missão do Apóstolo Paulo e das comunidades surgidas através da sua missão. Quase nada sabemos do trabalho de outros missionários, das comunidades espalhadas pelo norte da África, na Itália e pelas outras regiões e que estavam presentes no dia de Pentecostes (At 2,9-10). Pouco sabe também das comunidades da Síria e da Arábia, cujo centro era Antioquia. A comunidade de Antioquia chegou a competir em autoridade e influência com a de Jerusalém. Foi desta comunidade que Paulo partiu para as suas viagens missionárias, e onde viveu muito tempo.

Sua quarta viagem (At.27:1 a 28:16)
Em sua estadia em Jerusalém, após ter regressado de sua terceira viagem missionária, Paulo é detido pelos judeus quando se encontrava no templo cumprindo seu voto.
Devido à confusão que foi formada pela ocasião da prisão de Paulo, as autoridades romanas em Jerusalém intervieram,evitando que o apóstolo fosse morto. Invocando sua cidadania romana, Paulo obtém algumas proteções enquanto permanecia em custódia aguardando julgamento, o que motivou a sua transferência para Cesaréia, sob os cuidados de Félix, governador da Judéia, perante o qual foi acusado pelos judeus de ter causado inquietação política e profanação do templo.
Com dificuldades para decidir sobre o caso de Paulo, Félix o mantém em custódia por dois anos até ser substituído por Festo que, ao fazer um acordo com os judeus, promete encaminhar o apóstolo para ser julgado em Jerusalém. Mas Paulo interpõe um apelo para impedir tal determinação e, devido ao seu requerimento, consegue pelas leis romanas que seu caso fosse apreciado pelo imperador em Roma. Isto porque a legislação na época permitira que um cidadão romano que não se sentisse tratado por justiça pudesse apelar para o imperador nos casos em que a pessoa jamais tivesse sido condenada por um tribunal inferior e a acusação não se tratasse de crimes comuns. (At. Capítulos 23,24,25,26)Enquanto esteve sob a custódia de Festo, o caso de Paulo chegou a ser submetido ao rei Herodes Agripa II, porém depois de seu apelo ao imperador.Agripa não encontrou em Paulo nenhum motivo para ser condenado, contudo de nada adiantou o seu parecer.
A viagem de Paulo a Roma. Era comum em que o apóstolo atua como um verdadeiro missionário junto aos criminosos que estavam sendo transportados pelo navio. Foi uma viagem turbulenta, tornando-se perigosa depois que o navio já se encontrava em Creta quando todos foram surpreendidos por um forte tufão quando navegavam pelo sul da ilha. O navio afastou-se de Creta vindo a naufragar em Malta, onde Paulo permaneceu por três meses em terra curando os enfermos da ilha, e fundou uma igreja. Em Malta, tem mais um milagre ocorrido quando Paulo é picado por uma serpente e sobrevive sem sentir nenhum efeito do veneno da víbora.
Paulo segue para Roma enquanto aguardava a audiência com Nero em custódia domiciliar por dois anos, pagando sua própria conta do aluguel de uma residência. (At.28:30)Em sua casa recebe muitos judeus.
A história de Paulo não termina aqui. O que se sabe, além da interrupção que Lucas faz de sua narrativa em Atos são alguns detalhes que o apóstolo dá em suas cartas ou então por intermédio dos escritos dos Pais da igreja. Seu caso foi examinado e ele absorvido. Nesta ocasião se diz que ele cumpriu seu desejo de pregar na Espanha (Rm.15:28).Nas redondezas de Roma fez um grande trabalho.

SEGUNDA VIAGEM DE PAULO


Em sua segunda viagem evangelizadora tem com objetivo de revisitar as igrejas da Galácias do Sul e abrir novas frentes de trabalho, ou seja, fundar mais igrejas locais (At. 15:36 – 16:1-6, Gl 1:2)Sua intenção era ir para Roma (Europa) (At.16:6).Ele se separe de Barnabé mas escolhe Silas (Silvano)para esta viagem(At.16:1). E passaram pela Síria e Cecília confirmando as igrejas. Também chegou a Derbe, o ultimo ponto visitado pela primeira viagem. Prosseguiu até Listra para ver seus convertidos nesta cidade. Em Listra Ele encontra um jovem cristão chamado Timóteo ((At.16:1). Ajuntando-se ao grupo, tornando-se um outro importante colaborador. Paulo intento de e ir para Bitínia, mas novamente foi impelido (At.16:7). Sendo em seguida impulsionado a rumar para Trôade. Depois de percorrer toda região da Ásia Menor, Paulo recebe um aviso em uma visão para atravessar para Europa, e prega nas cidades Macedônia de e de Acaia.Paulo anuncia o Evangelho em muitas cidades européias do mundo grego.Aqui mencionamos apenas as cidades em que ele fundou igrejas. Passam por Neápolis chegando a Filipos, onde nesta cidade permaneceu alguns dias houve a conversão de Lídia da cidade de Tiatira,vendedora de púrpura..Foi também nesta cidade que  ele e Silas foram açoitados e presos, por ter curado uma jovem possessa de espíritos de adivinhação.Porém milagrosamente, é libertados à noite enquanto oravam e cantavam louvores a Deus houve um grande terremoto abrindo as portas da cadeia e todos ficaram libertos.O carcereiro Filipos se converte.
Tendo passado por Anfípolis, Apolônia, Tessalônica, Beréia, chegam a Atenas (tem muitos deuses até deus desconhecido) Paulo faz um discurso no Areópago, na colina de Marte, mas poucos se convertem e vão para cidade de Coríntios onde funda uma importante igreja. Ele ali é ajudado por um casal, Áquila e Priscila que levou para Síria, onde os ajudou em Éfeso na Ásia Menor. Esta viagem durou cerca de três anos

PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO


) Principais acontecimentos dos anos 40 a 70
A perseguição, o desejo missionário e a vontade de anunciar a boa nova a “toda a criatura” (Mc 16,15) levou os cristãos para fora da Palestina.
Em sua primeira viagem evangelizadora, com o objetivo era fundar igrejas, na companhia de Barnabé, parte de Antioquia e vai para uma ilha de Chipre. Lá pregam na cidade de Salamina, desafiando o poder de um feiticeiro que enganava a população. Ao sair de Pafos, João Marcos, seu auxiliar, deixa o grupo e retorna para Jerusalém. (At.13:5 e13). Seguem para Perge na província da Panfilia e, por terra vão a Antioquia da Pisidia na Galácia do sul.
Em Antioquia da Pisidia tornou-se um porta voz e criou um padrão conhecido por todos e começaram a pregar na Sinagoga(At. 13:14).
Uns creram, regozijaram e receberam a palavra, insistindo que Paulo retornasse no sábado seguinte para continuar o assunto, mas outros rejeitavam e provocavam oposição. Mas o número de assistentes foi grande no sábado seguinte, e isto causou inveja nos judeus, resultando em perseguição Paulo e Barnabés foram expulsos da cidade. (At.13:42-46).
Vão para Icônio depois para Listra, onde cura um coxo que serviu como ponto de apoio para pregação do evangelho (At.14:8-10) Ali em Listra Paulo foi apedrejado e dado como morto (At.14:19)Mas sobreviveu e pode prosseguir indo para Derbe completando assim sua primeira viagem.
Logo Paulo resolveu percorrer de novo esta difícil rota sobre a qual ele tinha vindo onde estabeleceram obreiros nativos, frutos do trabalho missionário.
Concílio de Jerusalém
A notícia de conversão dos gentios gerou impacto dentro da igreja, visto que alguns judeus da seita dos fariseus empunham a circuncisão aos novos cristãos. (At.15:1-5).
Tendo a igreja se reunido em Jerusalém, com a presença dos apóstolos, ficou decidido que os gentios convertidos não deveriam ser incomodados com a sobrevivência de detalhes da lei mosaica, mas apenas que se abstenham da idolatria, das relações sexuais ilícitas e da carne de animais sufocados de sangue.

CONHECENDO O APÓSTOLO PAULO

Conhecendo o apóstolo Paulo
Paulo Israelita da tribo de Benjamim tornou-se apóstolo de Jesus Cristo (Efésios 1:1)
Nome hebraico = Saulo
Nome romano = Paulo (Atos 19:17)
Saulo era da cidade de Tarso capital Cecília (Atos31:39-22:3)
Seus pais eram hebreus e evidente aderiram ao ramo farisaico do judaísmo (Atos 23:6 – Fl.3:5). Paulo era cidadão romano de nascimento (Atos 22:28) e , talvez, tenha aprendido do seu pai a profissão de fabricante de tendas (Atos 18:3).
Em Jerusalém, então, ele foi instruído pelo erudito fariseu (último estágio) Gamaliel. Isto sugere que Paulo pertencia a uma família de destaque (Atos 22:3) – competia à mãe dar os primeiros ensinos; depois o rabino e, depois, a Universidade. (Saulo estudou em Atenas, na Alexandria. Por último estágio fora Gamaliel...).

Sua conversão: (Atos 6:13; 7:58) Apresenta Saulo consentindo na morte de Estevão. Quando Paulo se aproximava de Damasco (Atos 9:2), Jesus se revelou numa luz brilhante (Atos 9:3) e o comissionou para ser servo e testemunha de Cristo aos gentios. Paulo, caído no chão, entendeu as palavras e, cego, foi conduzido pela mão até Damasco (Atos 9:6,8). Quando Jesus quer salvar, nada pode impedi-lo (Isaias, 43:13).
Quando Ananias orou por Paulo, ele foi batizado com o Espírito Santo (Atos 9:17) e a partir daquele momento, Paulo passou a ter comunhão com os discípulos e pregar nas sinagogas (Atos 9:20). A partir daí a Bíblia descreve sua atividade depois da conversão.
Ele foi à Arábia e retornou à Damasco (Gálatas 1:15 a 17) e, após três anos, foi para Jerusalém (Gálatas 1:18). Mais tarde Paulo foi enviado como missionário pela Igreja de Antioquia (Atos 13:2), na Síria. Lembremos que Paulo foi feroz perseguidor da igreja, e agora convertido estava na igreja de Antioquia. Inicia suas viagens missionárias pelo mundo romano, das quais três estão relatadas no livro de Atos.

Viagens de Paulo
a)Principais acontecimento  dos anos 30 a 40
         É um período curto de apenas dez anos. O ponto de partida é a manifestação de Pentecostes (At 2,1-36) que gera o anúncio da Boa nova por toda a Palestina (At 2,41.47; 4,4; 5,14; 6,7; 9;31). Este período é também chamado “Movimento de Jesus”. Este período termina com a crise provocada pela política do imperador Calígula (37-41) e pela perseguição dos cristãos por parte do rei Herodes Agripa (41-44).
É importante não confundir os Herodes que governaram na época dos escritos do NT:
 a) Herodes, chamado o Grande, governou sobre toda a Palestina de 37 a 4 aC. É aquele que aparece em Mt 2,1.16, no nascimento de Jesus e no massacre das crianças inocentes. Foi ele que iniciou a construção do Templo que existia na época de Jesus.
 b) Herodes, chamado Antipas, governou sobre a Galiléia de 4 aC até 39 dC. Ele aparece em Lc 23,7, por ocasião do julgamento de Jesus. Foi também o autor da morte de João Batista (Mc 6,14-29). Governou sobre toda a Palestina de 41 a 33 dC. Ele aparece nos Atos dos Apóstolos (At 12,1.20). Mandou matar o Apóstolo Tiago (At 12,2).
Neste período a maioria dos cristãos era formada por judeus convertidos. Fundavam comunidades ao redor das sinagogas, à margem do judaísmo oficial. O seu crescimento obrigou-os a criar novas formas de organização, como por exemplo, a escolha de novos animadores, chamados diáconos (At 6,2-6).
O objeto da pregação era o anúncio da chegada do reino (Mt 10,6) e a Morte e Ressurreição de Jesus (At 2,23–3,6; 3,14-15; 4,10-12). Os evangelhos ainda não tinham sido escritos. E por isso eles liam o AT a partir do evento Jesus Cristo e repetiam os ditos e feitos de Jesus a partir do testemunho dado por aqueles que tinham visto e ouvido Jesus Cristo.
Já neste período aparecia a primeira divergência entre os cristãos judeus. Havia um grupo mais ligado a Estevão, que buscava uma abertura aos judeus da diáspora e ao helenismo (At 7,1-53). De outro lado havia o grupo ao redor de Tiago, ligado aos judeus da Palestina, que defendia uma fidelidade à Lei de Moisés e à “Tradição dos Antigos” (Mc 7,5; Gl 1,14). Na primeira perseguição só os cristãos ligados ao grupo de Estevão foram perseguidos (At 8,1). Porém, na segunda perseguição, aquela de Herodes Agripa (At 12,1-3), todos os grupos cristãos eram alvo da repressão. Esta perseguição aos cristãos, na Palestina, teve como conseqüência a missão para fora do território judeu. Paulo e Barnabé, seguindo a linha de Estevão, estavam entre esses missionários que foram pelo mundo para formar novas comunidades.

POSSÍVEL CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO


Não é fácil datar corretamente a vida e atividade de Paulo. Segue um possível esquema.

Nascimento em Tarso....A.D. +  ano 5
Começa a freqüentar a escola na Sinagoga.A.D + ano 11
Muda-se para Jerusalém estuda e tornar-se fariseu na Escola de GamalielA.D + ano 20
Morte, ressurreição e ascensão de Cristo ...A.D 30
Está na Arábia, Damasco viagem rapido a Jerusalém (Gl 1,17-18).Até o A.D  + ano 37   
Primeira visita subseqüente a Jerusalém (Gl.1:18)...A.D  + ano 37
Passa alguns anos em sua terra natal, Tarso...Até o A.D  + ano 44 ou 45
Visita a Jerusalém levando ofertas de Antioquia,(At.11:31)...A.D  + ano 44
Estadia em Antioquia da Síria....A.D  + ano45  
Primeira viagem missionária. Paulo vai a Galácia(At.13:1-3)...A.D  + ano46 a 48  
Em Jerusalém para o “Primeiro Concílio” da Igreja (At. 15,1-35)...A.D  + ano 49
I e II aos Tessalonicenses...A.D  + ano 52
Segunda viagem missionária. Paulo vai à Grécia (At.15:39 –18:18).A.D  + ano 49 a 52  
Terceira viagem missionária.Ásia e Grécia revisitadas(At.18:23-21:16)A.D  + ano 53 a 58
Gálatas...A.D  + ano 55
I Coríntios...A.D  + ano 56 - 57
II Coríntios...A.D  + ano 57
Romanos...A.D  + ano...57 – 58
Prisão de Paulo...A.D  + ano 58
Quarta viagem Indo para Roma (At.27:1 -28:16)...A.D  + ano 59 a 62
Encarceramento em Cesaréia...A.D  + ano 58 - 60
Festo sobe ao poder...A.D  + ano 60  
Paulo chega a Roma....D  + ano 61
Colossenses, Filemon, Efésios...A.D  + ano 61 ou 62
Filipenses...A.D  + ano 62 ou  63
Absolvido em primeiro julgamento...A.D  + ano 63
I Timóteo...A.D  + ano 64 ou 65
Tito...A.D  + ano 65 ou 66
Hebreus (Se foi de Paulo)...A.D  + ano 66 ou 67
II Timóteo...A.D  + ano 67
Morre mártir em Roma...A.D  + ano 67

A Bíblia não relata a morte de Paulo, e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma durante o reino do imperador Nero em meados dos anos 60 na Abadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane). No ano 64, o Imperador Nero mandou incendiar um bairro da cidade de Roma, a fim de presenciando ao incêndio, se inspirasse e escrevesse um poema épico (um poema extraordinário, fora do comum). Contudo, o incêndio teve consequências dramáticas, se alastrou e destruiu quase quatro bairros, deixando desabrigados milhares de pessoas. Em face do resultado danoso e irresponsável, ele e seus asseclas precisavam tomar alguma providência, e então, colocaram a culpa nos cristãos para cobrir o abominável desatino. E por essa razão, a partir do ano 64, Nero empreendeu uma busca impiedosa contra os cristãos: homens, mulheres, velhos e crianças, eram presos e encarcerados, eram lançados aos leões na arena e devorados pelas feras, outros eram envoltos em betumem, amarrados em postes e incendiados para iluminar o palco tétrico das covardias que aconteciam no Coliseu Romano.
PRISÃO, CONDENAÇÃO E MORTE
Assim sendo, voltou a Roma na primavera do ano 67, somente acompanhado por Lucas. Empenhou-se no trabalho de reconstituir a Comunidade, dizimada pelas perseguições cruéis e covardes de Nero. Segundo a Tradição, Paulo encontrou pousada na margem esquerda do Rio Tibre, perto da ilha Tiberina. No local de sua última residência, ergue-se uma antiga Capela dedicada a sua memória “San Paolo alla Regola”. Aqui o Santo foi preso, acusado de chefiar a seita cristã. Neste segundo cativeiro, sua situação ficou completamente inversa da anterior, pelo fato de pesar sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma, e por essa razão, arrastava pesados grilhões e era tratado como malfeitor”. (2 Tim 2,9) Estava completamente isolado, porque os amigos de Roma não conseguiam visitá-lo facilmente; Êubulo, Pudente, Lino e Cláudia só podiam procurá-lo com muita precaução.
O caso de Paulo devia ser julgado pelo Tribunal Imperial. Nessa época, Nero percorria a Grécia disfarçado em comediante, mas deixou em Roma, como substituto o terrível Élio. No primeiro Interrogatório permitiram ao Apóstolo fazer a sua própria defesa, da acusação de cumplicidade no incêndio de Roma. Mas ninguém o ajudou, senão DEUS. (2 Tim 4,16-17) Contudo, deve ter se saído bem, pois a audiência foi suspensa sem qualquer condenação.
No calabouço, reuniu suas forças restantes e escreveu a sua derradeira carta ao estimado discípulo Timóteo (a Segunda Epístola a Timóteo), a quem cuidava como um filho e o nomeou executor de seu testamento. Tinha esperança de vê-lo ainda uma vez, mas tinha receio de que fosse demasiado tarde. Todavia, na missiva pede que ele venha o mais depressa possível e que trouxesse Marcos em sua companhia. Pede também uma velha capa que deixara em Trôade. A friagem do calabouço estava minando rapidamente a sua saúde.
No outono do ano 67 foi agendada a realização da Segunda Sessão do Tribunal. Paulo não tem ilusões, sabe que esta Sessão terminará com sua entrada no reino dos Céus: “Combati o bom combate, concluí a minha carreira, guardei a fé. De resto, me está reservada a coroa da justiça, que o SENHOR, justo juiz, me dará naquele dia” (2 Tim 4,7-8).
 Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte. Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
Uma lenda romana conta que no momento da execução, se aproximou do Apóstolo uma cega, chamada Petronila, que lhe ofereceu um véu para vendar-lhe os olhos. (Numa antiga porta de bronze da Basílica de São Pedro, no Vaticano, observa-se um relevo que mostra São Paulo devolvendo à cega Petronila o véu que ela lhe havia oferecido. Quando a jovem colocou o véu sobre os seus olhos, recobrou milagrosamente a visão.) No local da execução, a cabeça do Apóstolo tombou decepada por um vigoroso golpe de espada. Os lábios de Paulo de Tarso que só pronunciaram palavras ungidas por CRISTO, se fecharam para sempre.
De acordo com a opinião mais comum, Paulo sofreu o martírio no mesmo dia e no mesmo ano que o Apóstolo Pedro. Todavia, alguns estudiosos disputam se foi no mesmo dia, mas não duvidam que aconteceu no mesmo ano. A testemunha mais antiga, São Dionísio, o Corinto, afirma que as execuções foram de fato, no mesmo dia, em locais diferentes. O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação invertida de Pedro, foi graças à sua cidadania romana

INTRODUÇÃO AS CARTAS PAULINAS 03

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  5. A “conversão”
O evento de Damasco, historicamente foi sempre conhecido como “conversão de São Paulo” (temos inclusive a festa no dia 25 de janeiro). Porém, Paulo não utiliza nunca a palavra “metanóia”. Também o que aconteceu com Paulo não segue o sentido que no AT os Profetas davam ao termo: “voltar”; “retornar”. Paulo não retornou ao farisaísmo. Ao contrário ele abandona o rigor da Lei.
  Sabemos que Paulo havia se tornado um fariseu sem reprovação (Fl 3,6b). Era o máximo que um fariseu poderia alcançar ser chamado de “irrepreensível”, isto é, que observasse toda a Lei, seguramente também que cumprisse os 613 preceitos. (Um judeu observante segue 613 preceitos, baseados na Lei. Destes, 365 (número dos dias do ano) são em forma negativa: “Tu não farás...” e 248 (número dos ossos do nosso corpo) são em forma positiva: “Tu farás...” Para maiores informações e também para ver a lista completa dos 613 mandamentos,). Os fariseus ( = separados) de fato acreditavam que o Messias viria quando todo o povo cumprisse a Lei fielmente, por isso consideravam o “povo da terra” e da Galiléia uns “malditos” porque não cumpriam a Lei ( Jo 7,49).
  Portanto, o que Paulo faz é “encontrar” o verdadeiro caminho; encontrar-se com o Senhor. Depois da experiência no caminho de Damasco, ele volta a estudar tudo o que tinha aprendido e se dedica a conhecer a mensagem de Jesus. Alguns estudiosos entendem que este foi um longo processo até abraçar de vez o seguimento de Jesus Cristo e tornar-se o grande evangelizador.
Três anos depois da sua conversão, determinou sair de Damasco e ir outra vez a Jerusalém.

  6. Um missionário que escreve cartas às suas Igrejas
O grande carisma de Paulo é ser missionário. Depois de ter fundado as florescentes comunidades cristãs no mundo helenístico, ele não as deixou privadas de assistência, mas as acompanhou com a sua guia pastoral: a “preocupação por todas as Igrejas” representa como ele mesmo afirmava, a sua “preocupação quotidiana” (2Cor 11,28). E para manter os contatos com essas comunidades, para ajudá-las a resolver os seus problemas e para rendê-las mais eficazes no seu testemunho ao mundo circunstante, Paulo se tornou escritor: as suas cartas nasceram da missão e em vista da missão.
  Paulo conhecia o bom funcionamento do correio do império romano e soube fazer deste meio, um instrumento de evangelização. Foi assim, sem saber e sem querer, o primeiro grande escritor do Novo Testamento.
  As Cartas foram escritas em função da situação concreta das comunidades. O Apóstolo acompanhava o crescimento das mesmas, com todos os seus problemas e dificuldades. Por isso, também a sua leitura hoje deve levar em conta a situação específica da comunidade à qual foi destinada cada uma delas.
  O seu modo de ser missionário também é diferente da mentalidade grega da época. Paulo trabalhava e ganhava o seu sustento com o próprio trabalho. E era um trabalho manual. Para as elites abastecidas de bens e culturalmente favorecidas, o único trabalho que dignificava o ser humano era o trabalho intelectual. Numa sociedade onde em algumas grandes cidades até dois terços da população era escrava, Paulo encontrou seu lugar social entre os trabalhadores empobrecidos, ainda que pudesse fazer valer seus direitos de Apóstolo e fundador de comunidades (1Cor 9,1-18; 2Cor 11,7-12).

  7. O Epistolário Paulino
O conjunto das Cartas Paulinas compreende um total de treze Cartas que reivindicam a paternidade do Apóstolo Paulo. A ordem em que se encontram no cânon bíblico não reflete a data em que foram escritas, mas foram organizadas segundo a sua extensão.
  Alguns procuram agrupar as Cartas do seguinte modo:
  a) Cartas maiores: Romanos, 1-2 Coríntios, Gálatas e 1-2 Tessalonicenses.
  b) Cartas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon.
  c) Cartas pastorais: 1-2 Timóteo e Tito.

  Outra classificação pode ser feita a partir da possível autoria das mesmas:
  Cartas Proto-Paulinas: que seguramente são autênticas, isto é, que são de autoria do Apóstolo Paulo, e que são aceitas por todos os estudiosos: Romanos, 1-2 Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1 Tessalonicenses e Filemon.
  Cartas Deutero-Paulinas: são aquelas cuja autenticidade não é segura ou é negada por certo número de estudiosos: Efésios, Colossenses e 2 Tessalonicenses.
  Trito-Paulinas: 1-2 Timóteo e Tito. Essas dificilmente seriam do Apóstolo Paulo, pois usam uma linguagem diversa e tratam de problemas que existiam nas comunidades no final do I século.
  É certo que algumas Cartas de Paulo foram perdidas. Em 1Cor 5,9 já se fala de uma Primeira Carta aos Coríntios. Em Cl 4,16, Paulo se refere a uma Carta escrita aos cristãos de Laodicéia. E temos ainda a famosa “Cartas em lágrimas” aos Coríntios (2Cor 2,4). Alguns estudiosos afirmam que a Carta aos Filipenses é um conjunto de vários bilhetes. E também que a 2Cor é um ajuntamento de várias cartas, enviadas em datas diferentes.
  As Cartas não foram escritas do próprio punho pelo Apóstolo. Ele as ditava (Rm 16,22) e às vezes assinava (Gl 6,11). Talvez a carta a Filemon tenha sido o único escrito com sua própria mão.

  8. O estilo e linguajar das Cartas Paulinas
Em Tarso havia o comércio de escravos, que Paulo deveria conhecer bem, pois usa essa imagem para falar da morte e ressurreição de Jesus (1Cor 6,20; 7,21-25). E várias vezes ele usa a imagem da “compra e resgate” para ilustrar a ação de Jesus em favor dos cristãos.
  Também havia uma ambiente cultural muito grande: arte, arquitetura, esportes, etc., e que Paulo conhecia muito bem, basta ver como usa seus conceitos para elaborar suas metáforas, como por exemplo, a questão da “parada militar”.
  Em suas Cartas encontramos vários hinos (1Cor 13; Fl 2,5-11; etc.) que podem ser provenientes das comunidades onde Paulo evangelizava e que talvez não sejam de sua autoria, e que eram usados nas celebrações. Porém, nada impede que entre os tantos dons do Apóstolo, pudesse também ter o poético.


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