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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

POSSÍVEL CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO


Não é fácil datar corretamente a vida e atividade de Paulo. Segue um possível esquema.

Nascimento em Tarso....A.D. +  ano 5
Começa a freqüentar a escola na Sinagoga.A.D + ano 11
Muda-se para Jerusalém estuda e tornar-se fariseu na Escola de GamalielA.D + ano 20
Morte, ressurreição e ascensão de Cristo ...A.D 30
Está na Arábia, Damasco viagem rapido a Jerusalém (Gl 1,17-18).Até o A.D  + ano 37   
Primeira visita subseqüente a Jerusalém (Gl.1:18)...A.D  + ano 37
Passa alguns anos em sua terra natal, Tarso...Até o A.D  + ano 44 ou 45
Visita a Jerusalém levando ofertas de Antioquia,(At.11:31)...A.D  + ano 44
Estadia em Antioquia da Síria....A.D  + ano45  
Primeira viagem missionária. Paulo vai a Galácia(At.13:1-3)...A.D  + ano46 a 48  
Em Jerusalém para o “Primeiro Concílio” da Igreja (At. 15,1-35)...A.D  + ano 49
I e II aos Tessalonicenses...A.D  + ano 52
Segunda viagem missionária. Paulo vai à Grécia (At.15:39 –18:18).A.D  + ano 49 a 52  
Terceira viagem missionária.Ásia e Grécia revisitadas(At.18:23-21:16)A.D  + ano 53 a 58
Gálatas...A.D  + ano 55
I Coríntios...A.D  + ano 56 - 57
II Coríntios...A.D  + ano 57
Romanos...A.D  + ano...57 – 58
Prisão de Paulo...A.D  + ano 58
Quarta viagem Indo para Roma (At.27:1 -28:16)...A.D  + ano 59 a 62
Encarceramento em Cesaréia...A.D  + ano 58 - 60
Festo sobe ao poder...A.D  + ano 60  
Paulo chega a Roma....D  + ano 61
Colossenses, Filemon, Efésios...A.D  + ano 61 ou 62
Filipenses...A.D  + ano 62 ou  63
Absolvido em primeiro julgamento...A.D  + ano 63
I Timóteo...A.D  + ano 64 ou 65
Tito...A.D  + ano 65 ou 66
Hebreus (Se foi de Paulo)...A.D  + ano 66 ou 67
II Timóteo...A.D  + ano 67
Morre mártir em Roma...A.D  + ano 67

A Bíblia não relata a morte de Paulo, e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma durante o reino do imperador Nero em meados dos anos 60 na Abadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane). No ano 64, o Imperador Nero mandou incendiar um bairro da cidade de Roma, a fim de presenciando ao incêndio, se inspirasse e escrevesse um poema épico (um poema extraordinário, fora do comum). Contudo, o incêndio teve consequências dramáticas, se alastrou e destruiu quase quatro bairros, deixando desabrigados milhares de pessoas. Em face do resultado danoso e irresponsável, ele e seus asseclas precisavam tomar alguma providência, e então, colocaram a culpa nos cristãos para cobrir o abominável desatino. E por essa razão, a partir do ano 64, Nero empreendeu uma busca impiedosa contra os cristãos: homens, mulheres, velhos e crianças, eram presos e encarcerados, eram lançados aos leões na arena e devorados pelas feras, outros eram envoltos em betumem, amarrados em postes e incendiados para iluminar o palco tétrico das covardias que aconteciam no Coliseu Romano.
PRISÃO, CONDENAÇÃO E MORTE
Assim sendo, voltou a Roma na primavera do ano 67, somente acompanhado por Lucas. Empenhou-se no trabalho de reconstituir a Comunidade, dizimada pelas perseguições cruéis e covardes de Nero. Segundo a Tradição, Paulo encontrou pousada na margem esquerda do Rio Tibre, perto da ilha Tiberina. No local de sua última residência, ergue-se uma antiga Capela dedicada a sua memória “San Paolo alla Regola”. Aqui o Santo foi preso, acusado de chefiar a seita cristã. Neste segundo cativeiro, sua situação ficou completamente inversa da anterior, pelo fato de pesar sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma, e por essa razão, arrastava pesados grilhões e era tratado como malfeitor”. (2 Tim 2,9) Estava completamente isolado, porque os amigos de Roma não conseguiam visitá-lo facilmente; Êubulo, Pudente, Lino e Cláudia só podiam procurá-lo com muita precaução.
O caso de Paulo devia ser julgado pelo Tribunal Imperial. Nessa época, Nero percorria a Grécia disfarçado em comediante, mas deixou em Roma, como substituto o terrível Élio. No primeiro Interrogatório permitiram ao Apóstolo fazer a sua própria defesa, da acusação de cumplicidade no incêndio de Roma. Mas ninguém o ajudou, senão DEUS. (2 Tim 4,16-17) Contudo, deve ter se saído bem, pois a audiência foi suspensa sem qualquer condenação.
No calabouço, reuniu suas forças restantes e escreveu a sua derradeira carta ao estimado discípulo Timóteo (a Segunda Epístola a Timóteo), a quem cuidava como um filho e o nomeou executor de seu testamento. Tinha esperança de vê-lo ainda uma vez, mas tinha receio de que fosse demasiado tarde. Todavia, na missiva pede que ele venha o mais depressa possível e que trouxesse Marcos em sua companhia. Pede também uma velha capa que deixara em Trôade. A friagem do calabouço estava minando rapidamente a sua saúde.
No outono do ano 67 foi agendada a realização da Segunda Sessão do Tribunal. Paulo não tem ilusões, sabe que esta Sessão terminará com sua entrada no reino dos Céus: “Combati o bom combate, concluí a minha carreira, guardei a fé. De resto, me está reservada a coroa da justiça, que o SENHOR, justo juiz, me dará naquele dia” (2 Tim 4,7-8).
 Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte. Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
Uma lenda romana conta que no momento da execução, se aproximou do Apóstolo uma cega, chamada Petronila, que lhe ofereceu um véu para vendar-lhe os olhos. (Numa antiga porta de bronze da Basílica de São Pedro, no Vaticano, observa-se um relevo que mostra São Paulo devolvendo à cega Petronila o véu que ela lhe havia oferecido. Quando a jovem colocou o véu sobre os seus olhos, recobrou milagrosamente a visão.) No local da execução, a cabeça do Apóstolo tombou decepada por um vigoroso golpe de espada. Os lábios de Paulo de Tarso que só pronunciaram palavras ungidas por CRISTO, se fecharam para sempre.
De acordo com a opinião mais comum, Paulo sofreu o martírio no mesmo dia e no mesmo ano que o Apóstolo Pedro. Todavia, alguns estudiosos disputam se foi no mesmo dia, mas não duvidam que aconteceu no mesmo ano. A testemunha mais antiga, São Dionísio, o Corinto, afirma que as execuções foram de fato, no mesmo dia, em locais diferentes. O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação invertida de Pedro, foi graças à sua cidadania romana

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