Páginas

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mansagem - A igreja vencendo obstáculos - Atos 12. 1-3,5-8

  
1- E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2- E matou a espada Tiago, irmão de João.
3- E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.
5- Pedro, pois, era guardado na prisão: mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
6- E quando Herodes estava para o fazer nessa mesma noite comparecer, estava Pedro dormindo, entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão.
7- E eis que sobreveio o anjo do Senhor e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias.
8- E disse-lhe o anjo: Cingi-te, e ata as tuas alparcas. E ele o fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costa a tua capa, e segue-me.

Recordação sobre Jesus
Jesus veio aqui na terra para cumprir o projeto de Deus acerca da Salvação da humanidade e lançar os alicerces da Sua Igreja.
No dia de Pentecoste, com a descida do Espírito Santo, a Igreja foi fundada.
A responsabilidade do desenvolvimento e crescimento da mesma passou a ser dos discípulos, que receberam o revestimento de poder, para dar continuidade à obra iniciada por Jesus

1.Toda mudança provoca impacto.
Todo aquele que deseja seguir a Jesus precisa deixar o pecado, as más ações, tudo aquilo que desagrada a Deus, e tomar-se uma nova criatura. Negar-se a si mesmo, isto é, deixar de fazer a sua própria vontade para fazer a vontade do Senhor (Mc 8.34).
Isso significa tomar-se diferente dos descrentes, dos ímpios, e não mais compactuar com o mundo (Rm 12.2; 1 Pe 1.14).
Durante o Seu ministério, Jesus muitas vezes foi injustiçado, rejeitado, ironizado, humilhado, provocado e até expulso de cidades onde pregava o amor e operava milagres para bem de muitos.
Da mesma forma, o crente está sujeito a sofrer adversidades, tribulações, perseguições, aflições e provocações para negar a fé (Jo 16.33).

1.1. Tipos de obstáculos que se apresentam
Quando se fala em obstáculos, significa toda espécie de adversidades, tribulação, tentação, perigos e afrontas.
Existem os obstáculos externos, aqueles que são promovidos fora da igreja para impedir o seu progresso. E os obstáculos internos, isto é, os que se configuram dentro da própria igreja, no meio dos crentes, para impedir a unidade da igreja.

1.2. Jesus advertiu sobre tais situações
Ao aproximar-se o tempo de Jesus retomar ao céu, Ele orou pedindo ao Pai em favor dos Seus (Jo 17.l1 b).
Jesus predisse que Seus discípulos seriam entregues aos Concílios e Tribunais, e lançados em prisões (Mc 13.9; Jo 15.19,20).
Também instruiu aos Seus seguidores para que, quando fossem perseguidos numa cidade, fugissem para outro lugar (Mt 10.23). Sem dúvida, Ele estava advertindo para que se poupassem da morte e pudessem continuar a tarefa de pregar o evangelho.
Também encorajou aos que sofressem perseguições, injustiças, mentiras, ameaças, afrontas, tristezas ou rejeição, a fim de que permanecessem firmes na fé, porque, no final da jornada, hão de receber galardão lá nos céus (Mt 5.10,12).

1.3. Promessa enganosa
Certos crentes costumam pregar um evangelho enganoso.
Prometem às pessoas que se entregarem para Jesus, uma ‘vida de sossego, paz, alegria e abundância. Dizem ainda que não terão mais sofrimentos e afirmam que terão muita prosperidade material.
Várias pessoas ficam iludidas e aceitam o convite, mas logo se decepcionam porque as coisas não acontecem tão fáceis assim.
Eles invertem a ordem dos acontecimentos.

Jesus não veio ao mundo passar por tanto sacrifício, por horrendo sofrimento até a morte na cruz, simplesmente para dar riquezas e prosperidade material ao homem.
O Seu propósito era espiritual. Muito mais sério.
Ele veio arrancar o homem das garras de Satanás; veio tirá-lo do caminho do inferno para colocá-lo no caminho que leva ao céu. Veio restituir a comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, a qual o homem havia perdido quando pecou lá no Éden. Veio ressuscitar o homem da morte espiritual e conceder-lhe vida (Jo l0.l0b).
E claro que o Senhor abençoará Seus filhos com bens materiais. Mas isso está em segundo plano (Mt.6.25,3 3).

2. Enfrentando oposições
A oposição contra a igreja vem de Satanás, inimigo declarado de Deus, de Sua obra e do Seu povo.
Desde o nascimento da Igreja, ele não desiste de persegui-la. Tenta bloquear a sua caminhada, porém ela está firmada na Rocha, que é Cristo, e não se intimidará.
Através dos tempos, o inimigo continua a criar situações de dificuldades para o crescimento da Igreja.
Ele faz investidas de diversas maneiras. Ele não admite que o homem esteja bem com Deus.
A Bíblia diz que: o ladrão veio para roubar, matar e destruir aqui vemos o inimigo (Jo 10. l0a).

2.1. As perseguições se sucederam
A perseguição é uma das armas que tem sido utilizada por Satanás para destruir a Igreja.
Os crentes primitivos passaram por muitas dessas duras experiências.
Atualmente, ainda existem países que perseguem os crentes, maltratando-os para que eles desistam da fé.

2.1.1. A morte de Estevão
Logo no início da vida da Igreja, houve rejeição aos crentes, que eram chamados de hereges, porque dava crédito a Jesus como o Messias vindo de Deus.
Questionando com Estevão, os judeus não conseguiram tirar a fé, pois não resistiam a sua sabedoria, porque vinha de Deus (At.6.9).
Então, subornaram alguém para que levantasse testemunho falso contra ele diante das autoridades (v.ll a l3).
Mas no Sinédrio, quando questionado pelo sumo-sacerdote, fez um veemente discurso em defesa da sua fé.
        “E Estêvão, cheio de fé e de poder fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”.Atos 6.8
O discurso muito irritou aqueles judeus que, sem piedade, apedrejaram o jovem cristão até matá-lo.

2.1.2. Perseguição que dispersou os cristãos
Outra grande perseguição se levantou contra a Igreja em Jerusalém de tal forma que os cristãos fugiram para não perderem a vida.
Saulo, com a aquiescência dos principais dos sacerdotes, liderava o movimento, consentido que invadissem igrejas, entrassem nas casas e arrastassem os crentes para a prisão.
Imaginem o ódio que dominava o coração daquele homem para ser levado a praticar tanto mal.
De nada adiantou tanta maldade praticada contra os cristãos.
Eles estavam revestidos do poder do alto, e o Espírito Santo os impulsionava de uma maneira fora do comum, de forma que eles não temiam as ameaças ou, até mesmo, os golpes fatais.

2.1.3. Intimidando com prisão e morte
Herodes Agripa, que, naquela época, governava grande parte do território da Palestina, procurando obter mais simpatia dos judeus, apresentava-se como um devoto adorador.
Como político astuto resolveu, mais uma vez, dar provas de sua simpatia para o povo, mandando matar o apóstolo Tiago, porque sabia que a maioria dos judeus não aceitava a “nova religião”.
Mandou, também, prender o apóstolo Pedro e consentia, ainda, que perseguissem a Igreja (At 12.1-3).
Para agradar ainda mais os judeus, resolveu matar, também, o apóstolo Pedro e anunciou que faria isso depois da festa da Páscoa (vv. 3,4), porque era proibido, por lei, aos judeus, matar alguém em ocasião das festas religiosas (entretanto, eles desrespeitaram a lei quando crucificaram Jesus durante a Páscoa).
Para ter certeza de que Pedro não fugiria da prisão, foram destacados dezesseis soldados para vigiá-lo. Sendo que os dois que permaneciam no interior da cela, eram acorrentados ao prisioneiro (At.12.4-6).

2.1.4. Ninguém pode resistir ao poder de Deus
Quando a igreja se propõe a andar fielmente nos caminhos do Senhor, as orações dos santos são ouvidas e respondidas.
E, quando Deus opera em favor dos seus servos, não existe rei, nem cadeia, nem prisões, nem soldados que possam resistir (Is 43.13).
Foi o que aconteceu com Pedro.
A igreja permaneceu em oração. Deus enviou um anjo. As cadeias se romperam, as portas se abriram, os soldados perderam a ação, e o servo do Senhor foi liberto (At 12.7-17).Aleluia!!!!!!
Em meio às perseguições, a igreja se tomou mais ousada, avivada e evangelizadora. Para a Igreja de Jesus ser hoje o que ela é, com essa dimensão mundial, muitos missionários testemunhou da sua fé, não apenas com palavras, mas com as suas vidas.
As perseguições ainda continuam. Em vários países, ainda hoje, os crentes sofrem discriminação, injustiças, perseguição, sendo molestados e até levados a prisões injustamente.
No Brasil, também já houve tempos em que os crentes eram perseguidos e proibidos de se reunirem para cultuar a Deus.
Mas, graças ao Senhor, atualmente existe liberdade de se pregar o evangelho e manter as igrejas com as portas abertas para o público.

3. Os obstáculos internos
Na maioria das vezes, os obstáculos e as dificuldades que surgem no seio da Igreja, partem de crentes que não vigiam ou de pessoas que se dizem crentes e se infiltram no meio do povo de Deus.
São vários os motivos que aparecem.

3.1. Incompreensão
O ser humano está constantemente sujeito a falhas e a fraquezas. Por tal razão, acontecem os maus entendidos e as desavenças.
O certo é haver um diálogo aberto sobre o assunto, para acabar com a questão, como o caso do apóstolo Pediu.
Ele foi duramente criticado pelos apóstolos e demais crentes, por ter visitado a casa de Cornélio, que era gentio (At 11.1-18).
No entanto, depois da explicação dada por Pedro, tudo ficou esclarecido.
Em outra ocasião, também houve certa incompreensão entre os crentes da Judéia e Paulo e Barnabé.
Os judaizantes ensinavam que os gentios que se convertessem teriam de cumprir a lei com respeito à circuncisão, para serem salvos.
Paulo não aceitou tal imposição. A discussão foi tão séria, que resolveram pedir uma “reunião extraordinária” na igreja em Jerusalém, para que o caso fosse resolvido (At.15.1-33).
Depois de ouvirem a Pedro e a Tiago, dois líderes da igreja, entenderam que todos têm direito à salvação pela graça de Jesus (v. 11), quer fosse grego ou gentio, ou mesmo judeu.
Atualmente, também acontecem certas imposições de costumes, como esquisitos para salvação, o que não é certo.
Não se está tratando aqui de costumes mundanos, que são pecaminosos.
Mas, se houver qualquer tipo de incompreensão, é bom que os cristãos estejam abertos ao diálogo, e aceitem as admoestações e os ensinos de seus líderes, que são pessoas guiadas pelo Espírito Santo.
Cada crente deve estar vigilante, para que o diabo não se aproveite de pequenas situações, para chegar a maiores conseqüências.

3.2. Falsas doutrinas
Já nos tempos dos apóstolos, apareciam os falsos profetas, que perturbavam a obra de Deus (At.13.6-10)
Numa ocasião, Paulo deparou-se com uma jovem, que possuía espírito de adivinhação e procurou confundir as pessoas, falando que Paulo e Silas eram servos do Deus Altíssimo (At 16.16,17). Paulo não se sentiu lisonjeado com os elogios do diabo, e o repreendeu em nome de Jesus.
Atualmente, aparecem muitos falsos profetas que se infiltram nas igrejas, como se fossem ovelhas, mas, na verdade, são lobos enganadores. Só querem tirar proveito da simplicidade e honestidade dos crentes.
Cuidado com esses que se apresentam com falsa modéstia, com muita “espiritualidade”, profetizando e contando visões falsas, trazendo novidades e modernismos, e até pregando novos métodos de o Espírito Santo agir
O povo de Deus tem a Bíblia Sagrada como regra de fé e conduta e não precisa de inovações para obter o poder de Deus.
O apóstolo Paulo advertiu acerca de tais pessoas enganadoras (Ef.4.14-16).
Jesus já havia advertido sobre o assunto, dizendo que, nos últimos dias, surgiriam falsos profetas e falsos ensinadores, procurando enganar os Seus escolhidos (MT.24.4,5,11,24; Mc 13.5,6).
É preciso, pois, que cada crente esteja vigilante, procure edificar-se na Palavra e viver em oração, a fim de não ser enganado por esses aventureiros (Hb 13.9).
Existem muitos outros obstáculos que Satanás utiliza sutilmente, para distrair os crentes e atrapalhar a caminhada da Igreja.
Às vezes a inveja de um irmão que é mais abençoado do que o outro; as acusações injustas, as desconfianças, maledicências, murmurações, falta de vigilância, contendas, difamações, palavras torpes etc. (Rm 16.17,18; Cl 3.8).
Todas essas coisas são abomináveis a Deus e atrapalham o crescimento e a espiritualidade da Igreja.
O povo de Deus está revestido de poder para fazer aquilo que agrada ao Senhor (Cl 3.12-16).

3.3. Posição correta da Igreja
A Igreja tem como pedra fundamental, o Senhor Jesus (Mt 16.18; 1 Co 10.4).Ela está firmada na Rocha inabalável.Na sua trajetória, muitas pessoas de destaque e defensoras de poder como reis, imperadores, governadores, sacerdotes e outros tantos poderosos, intentaram acabar com a Igreja de Jesus, fechando suas portas, açoitando, maltratando, arrastando para prisões e até mesmo matando alguns crentes.
Porém, isso só serviu para levantar o ânimo e encorajar os demais a continuarem servindo ao Senhor.
A Igreja não é apenas uma instituição humana. Ela é o corpo de Cristo (1 Co 12.13).
Foi o próprio Jesus quem afirmou: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18b).
A igreja primitiva venceu porque orava (At 12.12), alegrava-se no Senhor em meio às dificuldades (At 5.41; 13.52). Nas oposições, os crentes enchiam-se do Espírito Santo (At7.55) eeram animados pelo Senhor (At 23.11); sofriam, mas não paravam de consolar os santos (At 16.40) e, nas adversidades, continuavam a louvar e a anunciar a Cristo (At 16.25).
Da mesma forma, deve acontecer nos dias atuais. Jesus não mudou.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Google Analytics Alternative